Cirurgia Ortognática

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A cirurgia ortognática é uma procedimento de correções de assimetrias ou anormalidades dentofaciais. tais como: deficiência mandibular e/ou excesso vertical de maxila, excesso mandibular e deficiência maxilar, mordida aberta e outros distúrbios que podem levar a maloclusão. Quando a maloclusão não pode ser corrigida pela ortodontia porque as alterações dentofaciais são importantes, haverá a necessidade de realização de cirurgia para correção das anormalidades.

Na grande maioria das vezes os pacientes que apresentam padrão de oclusão classe II e III são os que acabam sendo submetidos a este procedimento cirúrgico, pois além da parte estética, há alterações importantes do sistema estomatognático, o que inclui a respiração, deglutição, fala, dentre outros.

Pré-operatório – classe II

Pós-operatório – classe II

Pré-operatório classe III

Pós-operatório classe III

Para o paciente é muito melhor ele ser acompanhado por uma equipe multiprofissional de diferentes especialidades como a ortodontia, cirurgia bucomaxilofacial, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutricionista, dentre outras, pois cada uma atuará em diferentes momentos da reabilitação deste paciente.

Sempre o paciente poderá ser acompanhado no período que antecede a cirurgia, recebendo muitas informações importantes para o seu tratamento. Entretanto, a atuação do fisioterapeuta será mais importante a partir do pós-operatório imediato (e quando possível no período pré-operatório), sendo fundamental ao profissional conhecer todas as etapas do tratamento deste paciente e, também, as principais queixas que são comuns ocorrerem após cirurgia ortognática, como por exemplo, dor, edema, parestesia, perda de controle dos músculos faciais e mastigatórios, etc.

A parestesia é uma queixa razoavelmente frequente após a cirurgia ortognática. O termo parestesia significa que há alguma alteração de sensibilidade, podendo ser transitória ou permanente e isso ocorre devido a uma lesão nervosa periférica, especificamente, no nervo alveolar inferior.

A figura abaixo ilustra a o procedimento cirúrgico denominado de osteotomia sagital da mandíbula, onde é possível visualizar o nervo alveolar inferior em amarelo.

Durante a cirurgia este nervo ele pode ser afetado por várias razões e, quando isso ocorre, ele pode causar uma perda de sensibilidade na região da mandíbula e mento (queixo). Há diferentes níveis de lesões que acometem este nervo e o paciente pode, em algumas situações, apresentar essa perda parcial (maioria das vezes) de sensibilidade por várias semanas e meses. Essa perda de sensibilidade pode ser transitória ou permanente e, para qualquer caso em que haja indicativo de lesão nervosa periférica o tratamento fisioterapêutico deve ser iniciado o mais breve possível.

O fisioterapeuta inicia o tratamento sempre respeitando a condição clínica do paciente no pós-operatório de cirurgia ortognática, com controle da dor e edema. Nessa fase, o uso de gelo, laser, drenagem, tapes rígidos de contenção e orientações gerais são os recursos predominantes no tratamento fisioterapêutico. À medida que o paciente evolui, inicia-se estratégias de tratamento para a melhora do controle muscular para ganho de amplitude de movimento da boca, tudo realizado de forma controlada e respeitando a fisiologia de cicatrização dos tecidos moles e consolidação do tecido ósseo em função da colocação das placas e parafusos.

Independentemente do tipo de cirurgia realizada (maxila-mandíbula-mento ou somente maxila e mandíbula) é importante o paciente saber que o tratamento fisioterapêutico deve ser especializado para que ele tenha uma reabilitação o mais agradável e eficaz possível.

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